Jey conta como desenvolveu seu portfólio inicial e quais estudos realizou para migrar para Product Design já com mais de 40 anos, e após ser um Designer consolidado. Ele conta dos aprendizados durante o Bootcamp Master Interface Design e como a mentoria da Aela foi essencial para migrar de carreira.
Você trabalhava com direção de arte e site. Conte mais sobre sua experiência e o que te fez querer migrar de área.
Eu sou formado em Publicidade, trabalhei durante 27 anos com propaganda em grandes Agências de São Paulo. Porém, comecei a perceber que a Publicidade estava indo para uma direção que não era a que eu queria, não era o que eu sonhava. Decidi então ir por outro caminho.
Foi quando comecei a direcionar meu trabalho para o Design Gráfico. Eu fazia muitos sites, mas focando apenas no visual, já que eu nunca gostei de programação e não queria entrar nessa área.
Em paralelo a isso, eu quis entender mais sobre mobile, pois é uma área que gosto muito. Foi quando eu me deparei com termos como usabilidade e arquitetura da informação. Ao pesquisar, descobri a área de Product Design e o curso Bootcamp Master Interface Design que me abriu diversas portas.
Você sempre buscou muito conhecimento sobre Product Design. Como foi o processo para você conseguir trabalhos freelancer nessa área?
Não foi muito fácil, inicialmente, tanto que eu não fiz muitos trabalhos de mobile — que é o que eu gosto de fazer. Mas algo que me ajudou muito foi uma comunidade da qual faço parte e há sempre indicação de trabalhos e contatos pessoais.
Um dia me ofereceram um trabalho de Product Design — o redesign do aplicativo da Visa que foi algo bem complexo e profundo.
De modo geral, minha rede de Networking me ajudou muito, por isso é preciso sempre fazer trabalhos de muita qualidade para sempre ser indicado e procurado.
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Quais foram suas dificuldades ao migrar para UX/UI?
A dificuldade foi bem técnica. Há muitos detalhes nas entrelinhas quando se fala em desenhar aplicativos, como terminologias e processos. Então, muita coisa eu aprendi no curso e muita coisa eu aprendo no dia a dia do meu trabalho, atuando como Product Designer.
Antes de começar a trabalhar na Raízen, mais especificamente para a Shell, eu fiz alguns trabalhos como freela dentro da área. Por exemplo, eu desenhei um aplicativo para a marca Visa e outros apps famosos. Isso ajudou a abrir as portas para trabalhos de homepage e sites que eu incluí na minha bagagem.
Com isso, entrei em contato o pessoal da Raízen e obtive um ótimo resultado. Eles me disseram que de início me queriam para trabalhar com UI e depois com UX, o que foi bom pra mim, pois na época era onde me sentia mais seguro.
Meu primeiro projeto na Raízen foi entrar no time para desenhar um aplicativo para a Shell, que tinha o intuito de transformar a relação das pessoas com o abastecimento.
Foram seis meses de uma experiência bem aprofundada e muito interessante. Posteriormente, o próprio pessoal da Holanda mandou que o diretor de marketing e tecnologia convidasse eu e outro profissional de UX para fazer parte oficialmente do time deles.
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Como está sendo trabalhar na Raízen?
Como disse, eu fui contratado a princípio como freelancer para fazer um projeto específico que se chama ShellBox. Era aplicativo de meio de pagamento digital para pagar o combustível. Esse projeto teve um resultado positivo e acabei recebendo a proposta de ser efetivado na empresa.
Hoje eu sou o principal User Interface Designer de lá. Trabalho com um time de 17 pessoas que tem como foco pensar em novas tecnologias, energia do futuro da companhia como um todo. Eu sou responsável pela interface, até entregar o projeto para o consumidor final.
É ótimo, pois recebo um feedback muito positivo sobre meu trabalho. Agora o plano é expandir o aplicativo em questão para nível global.
Quais são suas projeções para o futuro?
Eu quero cada vez mais entender os processos de construção de usabilidade, testes, atomic design, etc. Quero continuar estudando para poder ter todas as ferramentas possíveis para eu usar no meu trabalho.
Outra projeção é crescer dentro da empresa e buscar novas oportunidades, talvez até internacionalmente.
Quais dicas você daria para alguém que viu seu trabalho, se interessou e deseja migrar de área?
Tenho muitos amigos que me perguntam sobre como entrar para Product Design. A primeira dica que eu dou é fazer o curso MID — Bootcamp Master Interface Design. No próprio curso há muitas dicas, sugestões de livros e ajuda para todos, por meio das mentorias.
Buscar informações na internet, livros e comunidades. Um que eu gosto bastante é o “Não me faça pensar” e “O poder do hábito”.
Por fim, seja curioso, pesquise, estude e não tenha medo de errar. Com o tempo você vai ganhando muita experiência e ficando mais confiante. Ah e é claro, o inglês é essencial para entrar nessa área!
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